A receita bruta é o valor das vendas de produtos, serviços ou mercadorias de uma empresa, independentemente de qual regime tributário a sua empresa faça parte.
Em primeiro lugar, ela é o faturamento do negócio e ajuda a analisar vários pontos essenciais para a empresa, entender como houve o lucro ou o prejuízo, onde investir em novas estratégias e auxiliar na previsão de crises.
Portanto, a receita bruta do Simples Nacional é fundamental para tudo isso e para saber se ultrapassamos o faturamento da empresa.
Então, quer saber o que é receita bruta? Como calculá-la? Qual a fórmula para o seu cálculo? Quer saber qual a relação da receita bruta com a receita líquida? Como calcular a receita líquida?
Acompanhe o nosso artigo que responderemos à perguntas, como:
O que é receita bruta?
Para que serve a receita bruta?
Como funciona a receita bruta?
Como calcular o valor da receita?
O que é receita líquida?
Como calcular a receita líquida?
Qual a diferença entre receita bruta e receita líquida?
Como analisar a receita bruta de uma empresa?
Como funciona a receita bruta para a Administradora de Benefícios?
Quais as exclusões da receita bruta?
O que são receitas de marketplace?
Onde encontrar a receita bruta de uma empresa?
Qual a importância da receita bruta e como usá-la para projeções?
O que é o faturamento bruto?
Como o faturamento bruto influencia no regime tributário de uma empresa?
Receita Bruta no Simples Nacional
Qual o valor de faturamento para o Simples Nacional?
Quais são os impostos pagos no regime Simples Nacional?
Como fazer o cálculo do Simples Nacional?
Como calcular o RBT12 no Simples Nacional?
COSIT Nº 159/20: confira estes detalhes!
Ótima leitura!
O que é receita bruta?
A receita bruta é basicamente todo o dinheiro que uma empresa ganha vendendo suas coisas, como produtos ou serviços. É como o total de dinheiro que a empresa ganhou em um certo tempo.
Ela mostra o quanto de dinheiro está entrando no negócio e ajuda a entender a saúde financeira da empresa, Além disso, essas informações auxiliam na avaliação das vendas brutas e verificam se a estratégia da empresa está tendo bons resultados.
Entretanto, para o Simples Nacional, a receita bruta é o produto da venda de bens e serviços nas transações de conta própria.
Se bem que, pode ser o valor dos serviços prestados e o resultado das operações em conta de outra pessoa, exceto as vendas canceladas.
Para que serve a receita bruta?
A receita bruta ajuda na avaliação para saber quais os produtos e serviços estão vendendo mais na empresa, bem como os que não estão tendo muita saída. Assim, é possível pensar em outras estratégias.
Além disso, auxilia na previsibilidade da empresa, caso ela venda produtos ou serviços sazonais, o que pode prepará-la para se manter estável durante o período de baixa de venda dos produtos.
Ela também ajuda a verificar a necessidade de novos investimentos, como expandir a empresa e contratar novos funcionários.
Como funciona a receita bruta?
A receita bruta, a saber, é o valor que uma empresa fatura em determinado período de tempo, como no exemplo que mencionamos anteriormente.
Dessa forma, basta saber o total de vendas do mês que esse será o valor dela sem nenhum desconto. Por exemplo, se uma empresa fatura R$ 70 mil por mês, o valor da receita é esse, sem nenhuma dedução.
Vale ressaltar que o resultado é fundamental para entender as métricas financeiras, como o endividamento e os indicadores de lucratividade.
Como calcular o valor da receita?
A receita total de uma empresa é quanto dinheiro ela ganha com todas as coisas que vende ou faz. Para calcular, você multiplica o preço de cada coisa (produto ou serviço) pela quantidade que vendeu.
Assim, você descobre o total que a empresa arrecadou com todas as suas atividades. É como somar tudo o que ela vendeu para ter o dinheiro total.
E claro, uma empresa geralmente vende mais de um produto ou presta mais de um serviço. Utilize a seguinte fórmula:
Receita Bruta = Preço do bem vendido x Quantidade de bens vendidos |
Só para ilustrar, daremos um exemplo de utilização da fórmula:
Uma empresa vende um produto de R$ 150 para 250 clientes. Colocando na fórmula:
Receita Bruta = 150 x 250 = R$ 37.500 por mês.
Entretanto, sabemos que as empresas têm diversos itens para venda com valores diferentes. Por isso, para facilitar o cálculo, é preciso de uma ferramenta que auxilie no processo.
O que é receita líquida?
A receita líquida de vendas é quanto dinheiro a empresa ganha com suas vendas, tirando os gastos. É como o dinheiro que sobra depois de subtrair impostos, descontos e devoluções do total de vendas.
Então, é o dinheiro que a empresa realmente coloca no bolso depois de considerar todas essas coisas.
O que é receita líquida DRE?
A receita líquida DRE faz parte de um relatório chamado Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). Essa DRE é como um “resumo financeiro” que empresas que vendem ações na bolsa precisam mostrar publicamente.
A receita líquida é uma parte desse resumo e não é um indicador sozinho, mas ajuda a entender quanto dinheiro a empresa ganhou depois de tirar algumas coisas, como descontos e gastos.
Como calcular a receita líquida?
Em relação à receita líquida, para fazer o seu cálculo, basta fazer a dedução dos seguintes itens:
- Cancelamentos;
- Despesas;
- Impostos sobre venda;
- PIS (Programa de Integração Social);
- COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social);
- ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços);
- IPI (Imposto sobre produto industrializado).
Desse modo, pode ser utilizado a seguinte fórmula:
Receita Líquida = Receita Bruta – Deduções |
Assim, o cálculo da receita líquida é feito por meio da relação entre a receita de venda e as deduções. Isto é, você calcula subtraindo as deduções (como descontos e gastos) da receita bruta.
Por exemplo: se uma empresa tem uma receita de venda de R$ 50 mil e as deduções atingiram R$ 17 mil em um determinado período de tempo, então a receita líquida é de R$ 33 mil.
É como dizer que, após tirar as coisinhas que são descontadas, a empresa fica com esse dinheiro no final.
Qual a diferença entre receita bruta e receita líquida?
A receita bruta é a soma dos valores arrecadados pela empresa em um período de tempo. Ou seja, é toda a entrada de recursos provenientes das atividades que a empresa exerceu.
Já a receita líquida, é o valor que foi arrecadado deduzidos os valores de determinados impostos, descontos, devoluções de produtos, multas e comissões. Ou seja, é o resultado das vendas brutas após as deduções.
Ela costuma, assim, ser utilizada para verificar o valor total que entra no caixa da empresa, que pode auxiliar na geração de relatórios empresariais e na análise de gestores e de investidores.
Pois, a receita líquida mostra se houve lucro ou prejuízo na empresa naquele determinado período.
Como vimos, tanto a receita bruta quanto a receita líquida são encontradas no relatório contábil conhecido como Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), onde se encontram todas as operações contábeis e financeiras de um período.
Como analisar a receita bruta de uma empresa?
A análise deve ser feita por meio da Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). Ela detalha a formação do resultado líquido de um período, confrontando as receitas, as despesas e os custos.
Normalmente, esse relatório é feito por um contador ou especialista na área de contabilidade, que pode elaborar o DRE com veracidade nas informações.
Com isso, é possível entender a geração de receita da empresa e fazer uma comparação com os meses ou trimestres anteriores. Além disso, o empresário saberá se a empresa teve lucro ou prejuízo durante aquele período.
Como funciona a receita bruta para a Administradora de Benefícios?
Uma administradora de benefícios é uma empresa que gerencia diferentes serviços relacionados a planos de saúde, como a cobrança de mensalidades dos beneficiários.
Quando a administradora recebe dinheiro pelos serviços que ela mesma realiza (como a cobrança mencionada), esse dinheiro é chamado de “receita bruta”.
No entanto, se a administradora recebe dinheiro que não é referente aos serviços que ela oferece diretamente, mas sim para repassar a uma operadora de plano de saúde, esse dinheiro não deve ser considerado como parte da receita bruta dela. Isto está de acordo com a Solução de Consulta COSIT Nº 182, de agosto de 2023.
Para entender melhor, se a administradora apenas movimenta dinheiro entre beneficiários e a operadora de saúde, sem oferecer um serviço direto relacionado a essa transação, esse valor não é contado como receita bruta ao calcular impostos como o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
É importante ter documentos fiscais confiáveis para comprovar que a administradora não está recebendo esse dinheiro como parte de sua receita bruta, mas sim repassando-o para a operadora de plano de saúde.
Quais as exclusões da receita bruta?
Quando falamos sobre “exclusões da receita bruta”, estamos nos referindo a tudo que não conta como dinheiro que a empresa realmente ganhou, pelo menos para fins de impostos.
Há duas exclusões para fins tributários:
- IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados;
- ICMS-ST – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação.
Mas apenas quando o vendedor ou prestador de serviços está cobrando esses impostos como substituto tributário.
Isso significa que, se uma empresa está agindo como intermediária na cobrança desses impostos em nome do governo, esse dinheiro não é considerado parte da receita bruta da empresa para efeitos fiscais.
Em outras palavras, a empresa não “ganha” esse dinheiro, mas está apenas repassando os impostos para o governo em nome dele. Isso ajuda a calcular os impostos devidos de maneira mais precisa.
O que são receitas de marketplace?
As receitas de marketplace se referem ao dinheiro que um site de compras on-line ganha facilitando a venda de produtos de outras empresas.
Só para ilustrar: imagine um lugar na internet onde diferentes lojas podem vender seus produtos. O marketplace ganha dinheiro cobrando uma parte das vendas dessas lojas como uma espécie de taxa.
Sendo assim, se um vendedor vende um livro por R$ 50, o marketplace pode ficar com uma porcentagem desse valor como sua receita. De fato, essa é a grana que o site ganha por conectar compradores e vendedores.
Nesse sentido, vale lembrar o que a Solução de Consulta Cosit 170/2021 nos diz:
A receita bruta, para fins do art. 1º, §1º da Lei nº 10.637, de 2002, no caso de prestação de serviços, corresponde ao preço do serviço. Não se incluem no conceito de receita bruta, para fins do art. 1º, §1º da Lei
nº 10.637, de 2002, os valores que circulam na contabilidade de pessoa jurídica e não lhe pertencem, sendo propriedade e receita bruta de terceiros.Dispositivos Legais: Lei nº 10.637, de 2002, art. 1º, §1º; e Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 12.
Onde encontrar a receita bruta de uma empresa?
A receita pode ser encontrada, como mencionada anteriormente, na Demonstração do Resultado do Exercício, que é um documento contábil.
Com ela, é possível ter uma visão estruturada dos principais indicadores financeiros do negócio, entendendo de maneira transparente os resultados. Ou seja, se houve lucro ou prejuízo.
Ela é o primeiro item que integra o resultado do exercício, desconsiderando os impostos recuperáveis para a geração do que é conhecido como receita líquida.
Qual a importância da receita bruta e como usá-la para projeções?
A receita bruta auxilia para que o empresário saiba como está a evolução do seu negócio.
Além disso, dominar os conceitos, não só sobre ela, mas também de receita líquida, é um passo importante para entender os relatórios financeiros e mensurar a situação econômica da empresa.
Ela também é importante para que o empresário compreenda alguns pontos, como:
- Custos fixos (aluguel, serviços de segurança, depreciação de imóveis);
- Custos variáveis (gastos com energia, insumos, bonificações);
- Despesas e os impostos;
- Quantidade de produtos que precisa vender para cobrir os custos;
- Onde investir mais dinheiro;
- Implantar novas estratégias para ter bons resultados
Além disso, quando a empresa sabe a receita bruta, pode se programar para as épocas de poucas vendas, na contratação de novos funcionários e na compra de matéria-prima, além de outros investimentos.
Ela também ajuda a perceber as crises do mercado, para prever as tendências de queda nas vendas e quais as novas estratégias que devem ser utilizadas.
O que é faturamento bruto?
O faturamento bruto, a saber, é quanto dinheiro total um negócio recebe vendendo coisas ou oferecendo serviços.
Por exemplo, se um supermercado vendeu 1.500 pacotes de carvão por R$ 60,00 cada, o faturamento bruto seria R$ 90.000,00.
Portanto, é a soma de todo o dinheiro que entra antes de subtrair qualquer custo ou desconto.
Como o faturamento bruto influencia no regime tributário de uma empresa?
O faturamento bruto de uma empresa é o que auxilia no seu crescimento. Para aumentá-lo, é necessário investir em estratégias de marketing, garantir a qualidade dos seus produtos e investir em programas de fidelidade e promoções, entre outros.
Ele pode influenciar o regime tributário de uma empresa que é usado pelo Fisco. Confira a seguir os valores dos faturamentos de cada regime tributário.
MEI
O Microempreendedor Individual (MEI), regime ideal para micro e pequenos empreendedores, pode faturar até R$ 81 mil por ano.
Lucro Real
As empresas do Lucro Real têm faturamento acima de R$ 78 milhões por ano. Ele é um regime de tributação, que tem como base o lucro real da empresa para
o cálculo do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL).
Lucro Presumido
As empresas do Lucro Presumido podem faturar até R$ 78 milhões por ano. Ele é um regime tributário em que a empresa faz a apuração simplificada do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
Receita Bruta no Simples Nacional
As empresas do Simples Nacional podem faturar até R$ 4,8 milhões por ano.
Caso queira saber mais sobre o regime tributário do Simples Nacional, leia o nosso artigo sobre o assunto em: O que é o Simples Nacional: saiba tudo nesse Guia Completo!
Qual o valor de faturamento para o Simples Nacional?
Em 2024, o valor máximo de faturamento anual para uma empresa poder aderir ao Simples Nacional é de R$ 4,8 milhões. Isso significa que se a empresa faturar até esse valor por ano, ela pode optar por esse regime tributário simplificado.
Porém, é importante saber que existe um “sublimite” dentro do Simples Nacional. Esse sublimite é de R$ 3,6 milhões de faturamento anual. Se uma empresa ultrapassar esse sublimite (ou seja, faturar mais de R$ 3,6 milhões), ela precisará fazer um recolhimento complementar de ICMS e ISS por fora do DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional).
Assim, para empresas que faturam até R$ 4,8 milhões por ano, o Simples Nacional pode ser uma opção vantajosa por causa da simplificação tributária.
Em resumo, o valor de faturamento para se enquadrar no Simples Nacional varia conforme o porte da empresa:
- Microempresa (ME): Empresas com faturamento bruto anual de até R$ 360.000,00.
- Empresa de Pequeno Porte (EPP): Empresas com faturamento bruto anual superior a R$ 360.000,00 e até R$ 4.800.000,00.
Se uma empresa ultrapassar esses limites de faturamento, ela deve deixar o Simples Nacional e optar por outro regime tributário, como o Lucro Presumido ou o Lucro Real.
Quais são os impostos pagos no regime Simples Nacional?
No regime do Simples Nacional, os impostos são pagos de forma unificada em uma única guia, chamada DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional). Isso simplifica bastante o processo de pagamento para micro e pequenas empresas. Os impostos incluídos no Simples Nacional são:
- IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica)
- CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido)
- PIS/PASEP (Programa de Integração Social e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público)
- COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social)
- IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) – para empresas industriais
- ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) – para empresas comerciais e industriais
- ISS (Imposto sobre Serviços) – para empresas prestadoras de serviços
- CPP (Contribuição Patronal Previdenciária) – para a seguridade social
As alíquotas variam conforme a faixa de faturamento da empresa e o tipo de atividade que ela exerce. O cálculo é feito com base nas tabelas do Simples Nacional, que dividem as empresas em anexos diferentes de acordo com suas atividades.
Como fazer o cálculo do Simples Nacional?
Calcular o valor a ser pago no Simples Nacional envolve alguns passos simples. Em seguida, veja um guia fácil:
Passo 1: Verifique o Faturamento
Determine o faturamento bruto acumulado dos últimos 12 meses da sua empresa.
Passo 2: Identifique o Anexo
Cada atividade econômica tem um anexo específico que define as alíquotas de impostos. Os anexos são tabelas que variam conforme o tipo de atividade da empresa, como comércio, indústria ou serviços. Existem 5 anexos (Anexo I ao Anexo V).
Passo 3: Encontre a Faixa de Faturamento
Dentro do anexo correspondente à sua atividade, localize a faixa de faturamento que se encaixa no seu faturamento acumulado. Cada faixa tem uma alíquota específica.
Passo 4: Calcule a Alíquota Efetiva
Use a fórmula para encontrar a alíquota efetiva:
Alíquota Efetiva= (Receita Bruta dos Últimos 12 Meses × Alíquota)− Parcela a Deduzir Receita Bruta dos Últimos 12 Meses |
Passo 5: Calcule o Valor a Pagar
Multiplique o faturamento do mês pela alíquota efetiva para encontrar o valor do imposto a ser pago:
Valor a Pagar= Faturamento do Mês × Alíquota Efetiva |
Exemplo Prático
- Faturamento dos últimos 12 meses: R$ 200.000
- Anexo: Comércio (Anexo I)
- Faixa de faturamento: R$ 180.000,01 a R$ 360.000,00
- Alíquota na faixa: 7,30%
- Parcela a deduzir: R$ 5.940,00
Alíquota Efetiva = (200.000×0,073)−5.940 = 14.600−5.940 = 8.660 = 0,0433= 4,33% 200.000 |
- Faturamento do mês: R$ 15.000
Valor a Pagar = 15.000 x 0,0433 = R$ 649,50 |
Então, o valor do imposto a ser pago no mês seria R$ 649,50. Seguindo esses passos, você consegue calcular o valor do Simples Nacional de forma simples e eficiente.
Como calcular o RBT12 no Simples Nacional?
- O que é RBT12?
- RBT12 significa “Receita Bruta Total dos últimos 12 meses”. É o total de dinheiro que sua empresa ganhou antes de descontar despesas e impostos, somado ao longo de um ano.
- Por que isso é importante?
- Algumas regras e cálculos para impostos e outras obrigações são baseados no valor do RBT12.
- Sua empresa é nova e não tem 12 meses de atividade?
- Se sua empresa ainda não completou 12 meses, você precisa estimar quanto seria a receita em um ano completo.
- Como fazer essa projeção?
- Veja quanto sua empresa faturou no primeiro mês.
- Multiplique esse valor por 12 (o número de meses em um ano).
- Exemplo Prático:
- Vamos supor que no primeiro mês sua empresa faturou R$ 1.000.
- Para estimar o RBT12, você multiplica R$ 1.000 por 12.
- A projeção do seu faturamento anual será de R$ 12.000.
Então, a fórmula é simples: faturamento do primeiro mês x 12 = projeção do faturamento anual.
Resumo
Se sua empresa faturou R$ 1.000 no primeiro mês, projeta-se que em um ano você fature R$ 12.000, calculando assim:
R$ 1.000 x 12 = R$ 12.000.
COSIT Nº 159/20: confira estes detalhes!
Trata-se da venda de produtos e serviços de um determinado período, assim como a classificação para outros regimes tributários.
Para um melhor esclarecimento, foi publicada no Diário Oficial da União de 18/01/2021 a Solução de Consulta nº 159 – COSIT para as empresas optantes pelo Simples Nacional.
Pois ela esclarece o conceito de receita bruta para as empresas do Simples Nacional, em interpretação ao art. 3º, 1º da Lei Complementar nº 123/06.
A Solução aborda também a importância para empresas que exercem atividades de intermediação de negócios, como as atividades classificadas na CNAE 7491-1/04 (Atividades de Intermediação e Agenciamento de Serviços e Negócios em Geral, exceto Imobiliários), por exemplo.
As empresas que movimentam recursos de terceiros em conta própria, que é fruto dos negócios que fazem intermediação, na maioria das vezes tem dúvidas sobre o que seria de fato a sua receita de venda para fins de tributação pelo Simples Nacional.
Dessa maneira, a Solução esclarece esse ponto, mostrando que os valores que entram na conta corrente da empresa devem ser conciliados com o faturamento fiscal declarado ao Fisco.
Contudo, as empresas que atuam intermediando negócios para outras pessoas jurídicas não podem classificar como sua própria receita o valor bruto que recebem em conta, já que apenas parte dele é que será na realidade o seu faturamento.
Assim, deve-se considerar como receita própria apenas o valor correspondente à sua prestação de serviços pela intermediação de negócios e não o valor total movimentado em sua conta.
Porém, para o Fisco, somente a receita de venda de prestação de serviços não basta, é preciso ter em arquivo outros documentos que sustentem a relação jurídica entre os contratantes.
Confira a Solução na íntegra:
Solução de Consulta nº 159 – COSIT de 28/12/2020
A receita bruta de que trata o art. 3°, § 1º, da Lei Complementar nº 123, de 2006, no caso de prestação de serviços corresponde ao preço do serviço.
Não se incluem no conceito de receita bruta de que trata o art. 3°, § 1º, da Lei Complementar nº 123, de 2006, e, portanto, estão fora desta base cálculo, valores que circulam na contabilidade de pessoa jurídica e não lhes pertencem, sendo propriedade e receita bruta de terceiros.
Dispositivos Legais: Lei Complementar nº 123, de 2006, arts. 3º, § 1º, e 18, § 3º; Resolução Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) nº 140, de 2018, arts. 2º, II, e 16.
Conclusão
Neste artigo, você aprendeu sobre o conceito de receita bruta e como o seu cálculo é importante para manter as projeções e as estratégias com base nas vendas do período.
Além disso, ela tem um papel essencial na empresa e ajuda o empresário a verificar se está com dívidas e se tem o valor para quitar os seus compromissos financeiros.
Portanto, é essencial que a empresa elabore a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) para verificar a receita bruta e as contas contábeis e financeiras e, com isso, gerenciar da melhor maneira possível a empresa.
Aproveite e acesse o blog da é-Simples para mais dicas e informações sobre a área tributária e fiscal.
Sócio Fundador e CEO da é-Simples Auditoria Eletrônica, Contador, Consultor Tributário, Empreendedor, trabalhando na área fiscal desde 2007 e agora programando sistema para promover benefícios fiscais a seus clientes.