Sabemos que cada empresa tem o seu Plano de Contas; sendo assim, traz seu ramo, porte e atributos alistados. No entanto, surge a dúvida: como o Fisco analisa os fatos contábeis de todos os contribuintes? Para isto, o governo criou o Plano de Contas Referencial; em outras palavras, este plano padroniza as informações das empresas.
Portanto, seu objetivo é que os contribuintes tenham na ECD e na ECF, um mapeamento DE-PARA entre as contas da sua empresa e um plano de contas padronizado (Referencial), fazendo com que o Fisco entenda os lançamentos através do SPED.
Acima de tudo, veja nesse post qual é a relação entre o Plano de Contas Contábil e o Plano de Contas Referencial.
Bem como, entenda a importância de um bom mapeamento entre eles para se evitar problemas com a fiscalização. Então, vamos à explicação!
Plano de Contas Contábil
A saber, este plano mostra as contas necessárias para que a empresa registre todos os eventos ou movimentações econômicas e financeiras.
Visto que cada empresa têm as suas necessidades para o registro e a análise das informações; logo, para se fazer este plano não há um padrão. Mas devem ter os seguintes grupos:
1 ) Ativo
- Circulante
- Não circulante
- Realizável a longo prazo
- Investimentos
- Imobilizado
- Intangível
2 ) Passivo
- Circulante
- Não circulante
- Patrimônio Líquido
3 ) Contas de Resultado
- Receitas
- Despesas
Dessa forma, é vital que o Plano Contábil seja bem feito para que as tarefas da empresa se encaixem em alguma categoria. O Plano guia os trabalhos contábeis no registro de fatos e atos da entidade; aliás, serve de base para elaborar as demonstrações contábeis.
Plano de Contas Referencial
Outrossim, tendo cada empresa o seu próprio Plano de Contas Contábil, sem um leiaute específico; o Governo, a fim de universalizar as informações e facilitar a fiscalização, criou o Plano de Contas Referencial.
A partir dele, cada contribuinte faz, na ECD e na ECF, uma correlação (DE-PARA) entre as contas da sua empresa e o Plano de Contas Referencial.
O problema é que o plano de contas do governo atende à fiscalização, sua estrutura pode não ser suficiente para atender às necessidades e características das organizações. Assim, tenha cuidado ao fazer este mapeamento!
Alertas sobre o DE-PARA
Ao se relacionar os dois planos citados, houver imprecisão; a fiscalização terá uma leitura distorcida dos índices e demonstrações contábeis.
Por exemplo, um erro comum ao se fazer o DE-PARA é lançar uma conta de resultado da atividade em geral com uma conta referencial da atividade rural e vice-versa.
Esse tipo de erro afeta toda a declaração, impedindo a ação do e-Lalur, e-Lacs e das apurações.
Hoje, o Fisco acha os erros e os sinais de sonegação de modo eletrônico.
Enviar as informações contábeis com distorções entre o Plano de Contas Contábil e o Plano de Contas Referencial pode trazer sérios prejuízos às empresas.
As conformidades entre ECD e ECF
Não adianta fazer um excelente DE-PARA se as informações forem divergentes entre a ECD e a ECF. É útil cruzar estas duas obrigações, para não ter incertezas.
Devem ser sondadas as divergências: no Plano do Contribuinte, no Plano Referencial e nos Centros de Custos, nos períodos e formas de apuração do IRPJ e da CSLL no Ano-Calendário, detalhes dos Saldos Contábeis depois do encerramento do resultado do período, saldos finais das Contas Contábeis de Resultado Antes do Encerramento, além de erros de leiaute, indícios de sonegação e informações conflitantes com as exigências legais.
Aproveite a tecnologia
Sabemos que conferir todas as obrigações acessórias e documentos fiscais requer tempo e uma grande equipe, pois são muitos os itens a serem vistos.
O custo deste método é alto e o resultado não é dos melhores. É essencial fazer os cruzamentos de informações usando a tecnologia para enviar arquivos seguros e exatos.
Tendo em suas mãos os processos eletrônicos, você terá as análises mais precisas, economia de tempo e redução dos custos.
Para ilustrar, a é-Simples tem o sistema de auditoria digital que traz as regras atuais como na legislação vigente, ajudando os profissionais tributários a se manterem em dia! Enfim, essas análises e cruzamentos são de extrema importância na qualidade de seu trabalho, venha entender mais. Estamos à disposição!
Sócio Fundador e CEO da é-Simples Auditoria Eletrônica, Contador, Consultor Tributário, Empreendedor, trabalhando na área fiscal desde 2007 e agora programando sistema para promover benefícios fiscais a seus clientes.