A gestão de riscos na contabilidade é essencial para que as empresas evitem problemas financeiros e estejam sempre em dia com as regras. Neste artigo, você vai entender o que é gestão de riscos e por que ela é tão importante, conhecer os principais tipos de riscos além dos fiscais, e saber quais normas ajudam nesse processo.
Também vamos mostrar como começar uma política de gestão de riscos, os benefícios que ela traz, e as tecnologias que facilitam esse trabalho.
Para deixar tudo mais claro, vamos trazer exemplos de empresas que tiveram prejuízos ou evitaram problemas por causa da gestão de riscos.
Vamos lá!
O que é gestão de riscos e qual é sua importância?
Quais são os principais tipos de riscos que as empresas enfrentam além dos fiscais?
Quais normas regem a gestão de riscos no âmbito contábil?
Como implantar uma política de gestão de riscos?
Quais as vantagens da gestão de riscos?
Quais tecnologias ajudam na gestão de riscos?
Empresas que tiveram problemas ou evitaram prejuízos por causa da gestão de riscos
Quais os riscos de não implementar esse processo?
Perguntas frequentes (FAQ) sobre gestão de riscos

O que é gestão de riscos e qual é sua importância?
A gestão de riscos é um conjunto de práticas e metodologias que permitem identificar, avaliar, tratar e monitorar eventos que possam afetar negativamente (ou positivamente) os resultados de uma organização.
Por que isso é importante? Porque todas as empresas estão sujeitas a incertezas — sejam mudanças no mercado, erros operacionais, fraudes, falhas nos sistemas ou até desastres naturais.
A boa gestão de riscos não apenas minimiza perdas, mas também aproveita oportunidades, pois ao entender o ambiente interno e externo, a organização toma decisões mais inteligentes e seguras.
Além disso, no setor público e contábil, essa prática é regulamentada. O próprio Conselho Federal de Contabilidade (CFC) instituiu normas específicas para guiar esse processo.
Quais são os principais tipos de riscos que as empresas enfrentam além dos fiscais?
- Riscos operacionais: causados por falhas em processos internos, erros humanos ou problemas na execução de tarefas rotineiras.
- Riscos financeiros: incluem inadimplência de clientes, variações cambiais, má gestão de caixa ou excesso de endividamento.
- Riscos reputacionais: envolvem danos à imagem da empresa, podendo ser provocados por escândalos, crises públicas ou má conduta.
- Riscos tecnológicos: relacionados a falhas em sistemas, perda de dados, ataques cibernéticos ou uso inadequado de tecnologia.
- Riscos legais e regulatórios: surgem quando a empresa não cumpre normas, leis ou regulações específicas, podendo gerar multas ou sanções.

Quais normas regem a gestão de riscos no âmbito contábil?
O CFC, atento à importância da governança, aprovou:
- Resolução CFC nº 1.528/2017: institui a Política de Gestão de Riscos, definindo princípios e diretrizes que devem ser seguidos por todos os órgãos e departamentos. Ela reforça a necessidade de integrar a gestão de riscos ao planejamento estratégico, aos processos e aos projetos da organização.
- Resolução CFC nº 1.532/2017: aprova o Plano de Gestão de Riscos, com uma metodologia clara para analisar, tratar e monitorar riscos de forma estruturada e contínua. O objetivo é garantir a eficiência dos programas e projetos do CFC.
Esses normativos mostram que a gestão de riscos não é apenas uma boa prática — é uma exigência, principalmente em ambientes públicos ou regulados.
Como implantar uma política de gestão de riscos?
Implantar uma política de gestão de riscos pode parecer desafiador, mas com os passos certos, torna-se um processo viável e extremamente benéfico. Veja como fazer isso de forma prática:
1. Identifique e classifique os riscos
Antes de mais nada, comece mapeando os riscos que sua empresa pode enfrentar. Eles podem ser, por exemplo, financeiros, operacionais, estratégicos, legais, ambientais ou reputacionais.
Em seguida, classifique-os por tipo, setor afetado e relevância. Dessa forma, será mais fácil priorizar os riscos mais críticos e adotar ações preventivas com mais eficiência.
2. Avalie a probabilidade e o impacto
Depois de identificados, cada risco deve ser avaliado com base em dois critérios:
- Qual a chance de acontecer?
- Qual o impacto caso ocorra?
Isso ajuda a priorizar quais riscos merecem atenção imediata.
3. Trate os riscos: elimine ou aproveite
Riscos com impacto elevado e alta probabilidade devem ser evitados ou mitigados. Já riscos com potencial positivo podem ser explorados. Por exemplo, a adoção de uma nova tecnologia envolve riscos, mas também pode trazer inovação e vantagem competitiva.
4. Monitore continuamente
A gestão de riscos é um processo contínuo. Não basta tratar o problema uma vez e esquecer. É necessário criar mecanismos de controle interno, revisar os riscos periodicamente e ajustar as estratégias conforme novas informações surgem.
Quais as vantagens da gestão de riscos?
A gestão de riscos oferece inúmeros benefícios que impactam diretamente o desempenho e a sustentabilidade das organizações.
Ela proporciona maior segurança nas decisões, uma vez que permite analisar cenários e agir de forma preventiva. Além disso, contribui para a redução de perdas financeiras, pois antecipa situações que poderiam gerar prejuízos.
Quando bem aplicada, também favorece o cumprimento de metas estratégicas, alinhando os riscos aos objetivos do planejamento.
Outro ponto importante é a melhoria na imagem institucional, já que uma empresa que gerencia bem seus riscos transmite mais confiança ao mercado e aos stakeholders.
A prática também facilita o cumprimento de normas e auditorias, tornando os processos mais transparentes e organizados.
Por fim, a gestão de riscos é essencial para a prevenção de fraudes e falhas internas, fortalecendo os controles e aumentando a segurança operacional.

Quais tecnologias ajudam na gestão de riscos?
Hoje, existem várias ferramentas tecnológicas que auxiliam a identificar e monitorar riscos com mais eficiência.
Entre elas estão os sistemas ERP, que integram todos os dados da empresa; os softwares de compliance, que ajudam a controlar as obrigações legais; as soluções de auditoria contínua, que detectam erros em tempo real; e até mesmo plataformas com inteligência artificial, que analisam padrões e antecipam problemas antes que se tornem grandes prejuízos.
Além disso, dashboards integrados facilitam a visualização dos riscos em cada área do negócio.
Empresas que tiveram problemas ou evitaram prejuízos por causa da gestão de riscos
Sim, existem vários exemplos reais. Por exemplo, a empresa Target, nos Estados Unidos, sofreu um grande vazamento de dados em 2013, afetando mais de 40 milhões de clientes. Isso aconteceu por falhas na segurança e custou milhões em indenizações, além de prejudicar a reputação da empresa.
Por outro lado, uma empresa brasileira do varejo usou inteligência artificial para revisar suas apurações fiscais. O sistema detectou erros em tempo real, evitando multas e autuações do fisco, e ajudou a economizar mais de R$ 500 mil em multas e juros.
Quais os riscos de não implementar esse processo?
Negligenciar a gestão de riscos pode acarretar prejuízos sérios, como:
- Multas e sanções;
- Perda de reputação;
- Ineficiência operacional;
- Dificuldade para captar recursos;
- Falhas em auditorias internas e externas.
Perguntas frequentes (FAQ) sobre gestão de riscos
O que são controles internos?
São mecanismos implementados para garantir que as atividades da empresa sejam executadas corretamente, reduzindo erros, fraudes e desperdícios.
Qual a diferença entre risco e incerteza?
Risco é uma possibilidade conhecida que pode ser medida e controlada. Incerteza é algo que não pode ser previsto ou quantificado com precisão.
Gestão de riscos é só para grandes empresas?
Não. Toda organização, independentemente do porte, pode (e deve) adotar práticas de gestão de riscos adaptadas à sua realidade.
Qual a relação entre gestão de riscos e planejamento estratégico?
A gestão de riscos fortalece o planejamento estratégico, pois identifica possíveis obstáculos e permite preparar ações preventivas e corretivas, aumentando a chance de sucesso.
O que é garantia razoável?
É a segurança suficiente para afirmar que os objetivos da organização estão sendo perseguidos de maneira controlada, sem riscos graves não tratados.
Conclusão
Os principais erros ligados à gestão de risco são negligenciar a importância de sua realização e o impacto que ela tem no orçamento de uma empresa.
Além disso, muitos empreendedores também encontram dificuldade em identificar os principais riscos que podem afetar seu negócio.
Para isso, contar com a ajuda de empresas especializadas no assunto pode ser um verdadeiro divisor de águas na vida do empreendimento.
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Sócio Fundador e CEO da é-Simples Auditoria Eletrônica, Contador, Consultor Tributário, Empreendedor, trabalhando na área fiscal desde 2007 e agora programando sistema para promover benefícios fiscais a seus clientes.